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Deixa eu me apresentar…

Fiquei durante algum tempo pensando no que escreveria nessa sessão e acho justo que seja sobre mim, e sobre o que eu estou fazendo aqui.

Eu poderia me apresentar por títulos: Natasha, coordenadora técnica de turismo, bacharel em turismo e em administração, especialista em docência e em gestão de pessoas, mestre em turismo, doutoranda em planejamento urbano. Ou por características mais pessoas: esposa do Léo, mãe do Lucas, do Biriba (meu dog que virou estrelinha) e da Lola (minha vira latinha), “carioca” de Niterói (risos), botafoguense, virginiana com ascendente em capricórnio, mas com lua em câncer (que me faz ser uma chorona por trás da casca grossa), amante do teatro, dos livros e das viagens… Mas acho que vale a pena aprofundar esses resumos….

Não lembro exatamente de onde surgiu a minha paixão por viagens… acho que durante muito tempo as viagens eram algo tão distante pra mim que eram muito mais um sonho do que uma paixão.

Até a minha vida adulta eu não era uma viajante. Felizmente na minha casa nunca faltou nada, nem materialmente falando nem sentimentalmente. Mas o viajar não era um hábito. As viagens que fazíamos era geralmente para a casa de parentes que moravam longe, em cidades, não necessariamente, turísticas.

E apesar dessa falta de hábito, lembro bem que meu sonho era, nos esperados 15 anos, ir para Paris ( não…não queria o clássico Disney)…e apesar de não faltar vontade, e até um esforço por parte dos meus pais, esse sonho não se realizou.

E aí, a faculdade de turismo surgiu na minha vida! Eu não tinha grandes certezas sobre a carreira. Sabia que não levava jeito para profissões clássicas como medicina, direito ou engenharia. Apesar de amar teatro (que eu estudava desde os 11), sabia que era uma vida muito instável e não tinha coragem para encarar algo do tipo… pensei em jornalismo, mas por fim, decidi pelo turismo por conta da grade curricular. Havia muita coisa relacionada à cultura e idiomas, temas que me eram afins, e achei que, iria gostar do curso.

Não estava enganada. Tenho alguns poréns sobre a carreira de turismólogo, porém, o curso em si, foi maravilhoso pra mim. E não só pelas disciplinas que me eram afins, mas pelo fato de que, estar em uma universidade pública convivendo com pessoas muito diferentes e aprendendo sobre a alteridade do mundo, fez com que a minha visão de mundo se ampliasse muito mais do que eu esperava.

Durante a faculdade também tive a oportunidade de fazer um intercambio (work experience) nos Estados Unidos. Foi minha primeira vez em outro país, sozinha, tendo que trabalhar pra poder pagar as despesas da minha permanência lá. Foi outra experiência transformadora e enriquecedora… E depois disso não parei mais!

Muitos carimbos no passaporte depois, um concurso público e um marido depois, veio a transformação decisiva que fez com que eu estivesse aqui: me tornei mãe!

Ouvi durante algum tempo que eu deveria escrever um blog ou algum outro tipo de conteúdo sobre viagens na internet. Mas essa vontade só surgiu depois da maternidade, pois, nunca pensei na criança como algum tipo de impeditivo para as viagens…mas comecei a perceber que muita gente adiava os planos de viagem pra quando o filho for mais velho, ou se restringia a lugares kid friendlys para viagens e passeios, ou admiravam o simples fato de eu sair sozinha com meu bebê para parquinhos, peças de teatro, etc.

Enfim…achei que as minhas experiencias com viagens e com meu filho poderiam ajudar/inspirar outras mulheres. Mostrar que é possível! Que seus sonhos podem se tornar reais, como os meus se tornaram, e que você não precisa esperar ter mais tempo, mais dinheiro, seu filho crescer, você ser promovido, etc, etc,etc. para realizar isso.

Eu acredito que as viagens são uma forma incrível de conexão com as crianças. Eu acredito no poder educativo dessas viagens. Eu acredito na contribuição das viagens para a formação do meu filho. Eu acredito no poder de empatia que há em conhecer outros povos, outras culturas, outras crenças. E pra mim essa é a riqueza das viagens. Uma riqueza muito superior a qualquer ostentação instagramável.

Por isso, mesmo sendo meio avessa à exposição, cá estou eu!

Hoje, depois de viajar com meu filho e ouvir mulheres que já acompanham o meu trabalho no instagram, me sinto muito realizada por me sentir útil para outras pessoas e por ter a certeza de que, apesar de um perrengue ou outro, as viagens com crianças podem ser leves, divertidas e não precisam custar um rim.

Agradeço quem leu até aqui…espero que eu consiga ser útil pra você também!
E até a próxima!